Para refletir a situação do Negro no Brasil


Diversas Rodas de Conversa foram realizadas em Salvador e cidades da região metropolitana da capital baiana


 O Ìrohin, em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), de acordo com o Termo de Fomento nº 879136/2018, processo: nº 879136/2018 realizou nas cidades de Salvador, São Francisco do Conde e Candeias, com a participação de institutos e universidades, 06 (seis) Rodas de Leitura e Debates, tendo como foco central o aumento da consciência crítica, o desenvolvimento cidadão e a divulgação da implementação da primeira Biblioteca Digital Online.


A iniciativa envolveu diversas pessoas. O destaque ficou por conta da participação de professores das redes de ensino, de bibliotecas comunitárias, que demonstraram grande interesse em interagir. Estudantes da rede pública e universitários, além de militantes do Movimento Negro também marcaram presença. As atividades contaram com a colaboração do coordenador do projeto e presidente da entidade, Edson Cardoso, que é professor, doutor em educação e jornalista, que agregou ainda mais conhecimento e enriqueceu os debates com os seus testemunhos de militância no Movimento Negro.

Nesses encontros, várias reflexões foram feitas dentro da perspectiva do racismo, preconceito e discriminação predominante nos mais variados setores da sociedade. Na primeira roda, os valores inseridos na sociedade dominada pelo machismo e pelo Racismo serviram de base na discussão do tema “Qual a diferença entre Racismo, preconceito e discriminação”. Já na segunda, intitulada “Racismo e Preconceito na sociedade brasileira”, o diálogo girou em torno da cultura etnocêntrica, onde foi possível conhecer e identificar valores sociais de inclusão e/ou de exclusão. Agora, compreender o “Por que debater racismo e desigualdade racial?” foi ainda mais elucidador. Nessa terceira roda, os participantes se debruçaram sobre o mito da democracia racial, fortemente relacionado à fábula das três raças e, assim, puderam perceber a ilusão da democracia racial brasileira.

A quarta roda, que se propôs a refletir sobre “O que é ser negro e negra no Brasil” destacou o preconceito e a discriminação na perspectiva de uma sociedade de classes, com o intuito de compreender com mais propriedade o que é e como se dá a discriminação, a exclusão e a disseminação da ideia de inferioridade do povo negro. A quinta roda, com o tema “Racismo Institucional”, foi outro assunto, também, amplamente debatido , momento que possibilitou trocar ideias sobre os reflexos e resultados da elaboração e implementação de políticas públicas antirracistas em nosso país; tudo com propósito central de responder à seguinte indagação: as políticas públicas contribuem para enfrentar o Racismo? 

Por fim, o sexto e último encontro abordou um tema alarmante e sensível: “o Racismo e o extermínio da juventude negra”, quando foi possível aos participantes constatarem como o aspecto da cor de pele é um pressuposto para violência contra a juventude negra.

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