Roda 3 - Por que debater racismo e desigualdade racial?

 Professoras e professores do Iceia participam de oficina sobre ‘Por que debater o Racismo e a Desigualdade Racial

Por Carolina Carvalho

A atividade teve início com a apresentação dos organizadores – IROHIN, do ICEIA e do Quilombo de Dom João. Nesse momento foi esclarecido aos presentes o objetivo daquela atividade e que a realização de Rodas de Debate, como aquela, faziam parte de um Convênio firmado com o governo federal através do Ministério da Mulher, da família e dos Direitos Humanos, com apoio financeira de uma Emenda Parlamentar da Deputada Luiza Erundina, visando a criação de uma Biblioteca Digital que colocará à disposição de estudantes, pesquisadores e do público em geral uma biblioteca especializada, contendo diversificado material bibliográfico (livros, periódicos, separatas, folhetos), material arquivístico (relatórios, documentos de organizações negras, cartazes, panfletos, matérias jornalísticas, fotos, filmes e fitas).

Após uma rodada com a apresentação de todos/as presentes a debatedora Vanda Menezes – importante figura feminista do movimento negro e de mulheres - falou sobre a importância da memória histórica para a sobrevivência da população negra no Brasil e no mundo; o que demonstra a importância da temática da oficina intitulada “Por que debater o Racismo e desigualdades raciais”. Essa atividade ocorreu no Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), em São Francisco do Conde (BA) no dia 10 de setembro de 2019.

Afora a importante participação de professores e professoras da unidade estadual de ensino fundamental e médio, participaram também da atividade pessoas da comunidade do Quilombo de Dom João, localizada em São Francisco do Conde; município da BA.

De acordo com a palestrante Vanda Menezes “... o racismo e o sexismo têm dimensões estruturantes na nossa sociedade brasileira”. Enfatizou que “Tal complexidade demanda a adoção de estratégias que desconstruam estas problemáticas no plano ideológico e político-institucional, transformando pensamentos e práticas naturalizadoras do lugar social de desvalor atribuído às mulheres negras, índias e lésbicas em novos lugares de afirmação de sua igualdade de gênero e raça e de respeito à sua orientação sexual. Reconhecer a dimensão ideológica e institucional do racismo, sexismo e lesbofobia, que resultam em grave prejuízo às mulheres negras, índias e lésbicas é, portanto, condição sine qua non para a execução de ações de impacto na realidade de todas as mulheres brasileiras”.




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